Expectativa na Câmara é que anistia reduza penas, mas não reverta condenações

  • 18/09/2025
(Foto: Reprodução)
Câmara aprova urgência para projeto da anistia a participantes de atos golpistas Aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmam que o texto da anistia aos condenados pelo 8 de janeiro deve ser reformulado nas próximas duas semanas e contemplar apenas a redução de penas para os envolvidos na tentativa de golpe de Estado. Já interlocutores do governo minimizam a derrota e contam com o avanço de um texto mais ameno, mas a estratégia é vista como arriscada e divide a base aliada. Pessoas próximas a Hugo Motta afirmam que ele quer “virar logo a página” em relação ao tema da anistia. Por isso, há pressa da parte dele para que o parecer seja apresentado até o próximo mês. O relator será anunciado na manhã desta quinta-feira (18) como um nome "independente". A tese de um projeto que trate apenas da redução de penas tem aceitação no Judiciário e até no Executivo. Hoje, horas antes da votação da urgência do projeto, ministros do STF se reuniram com os negociadores do assunto na Câmara e sinalizaram concordância com o texto proposto de redução de penas para os crimes ligados ao 8 de janeiro. O assunto já vinha sendo tratado há meses pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e integrantes do STF, que rechaçam uma anistia ampla. Apesar disso, pessoas próximas a Alcolumbre criticaram reservadamente o movimento de Motta, que agiu sem alinhar o melhor momento com a outra Casa. Por começar na Câmara, caberá aos deputados dar a palavra final. Alguns integrantes do Centrão avaliam que Motta só deveria ter encaminhado a urgência com um texto já consolidado apenas sobre a redução de penas — e não aproveitando um projeto que trata do perdão das condenações. SAIBA MAIS Câmara aprova urgência para projeto que prevê anistia, mas ainda vai definir alcance do texto Urgência do projeto de anistia: como votaram os deputados e partidos Mesmo com as críticas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou, no dia da votação, ter abertura para a questão da redução das penas, inclusive para o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em encontro fora da agenda com integrantes do PDT, Lula chegou a falar que “se Bolsonaro pegar dois ou três anos de prisão já está bom”. Bolsonaro foi condenado a 27 anos de reclusão. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), da base aliada, considera que Lula defender a redução de pena não significa que ele esteja certo. “Seria mais um erro clamoroso do governo que não consegue sair dessa agenda, nem apreciar suas prioridades. Continua a não existir articulação política”, avaliou. Renan faz parte de um grupo de parlamentares da base que é contra o avanço de qualquer projeto que busque alterar as penas aplicadas pelo STF, ainda que tratem somente da dosimetria. Em contraste à postura de Renan, o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL), orientou a bancada contra a urgência do projeto da anistia, mas defendeu uma discussão separada sobre a redução de penas. A reportagem também flagrou um deputado do PT, em plenário, chamando o presidente Lula de “frouxo” por considerar a redução de penas possível. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), diz não haver qualquer acordo sobre mérito e que o partido vai insistir na versão de uma anistia ampla, geral e irrestrita. Deputados da oposição defendem urgência do projeto de anistia Reprodução

FONTE: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/09/18/expectativa-na-camara-e-que-anistia-reduza-penas-mas-nao-reverta-condenacoes.ghtml


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